Times de sucesso não existem sem Accountability – alta performance e Accountability andam de mãos dadas” Evans (2008, p. 5).

Durante minha trajetória profissional em diferentes organizações pude presenciar questões aparentemente simples, mas relativamente frequentes nas distintas camadas hierárquicas das empresas. Estes impasses presentes em diversos momentos, apresentavam-se de diversas formas, mas muitos estavam relacionados a uma inquietação constante: “Por que alguns colaboradores conseguem sobrepor situações adversas e gerar soluções enquanto outros se apegam a justificativas e reclamações perante os problemas que encontram?”. Em diferentes níveis de manifestações, muitos colaboradores parecem se isentar de suas responsabilidades e investir energia na busca de alternativas para justificar e em alguns casos, até culpar outros envolvidos pela falta da entrega de resultados que, de alguma forma, passam por suas mãos. Este comportamento acaba gerando uma cadeia de pequenas lacunas em tarefas diárias que, se somados, culminam no não alcance de objetivos maiores.

Apesar de existirem diferentes abordagens para analisar este assunto, pude estudar este fenômeno por meio de um entendimento mais aprofundado do que os norte-americanos definem como Accountability.

O conceito nasceu nos Estados Unidos com o objetivo de clarificar a prestação de contas garantindo a idoneidade ética da empresa, ou seja, Accountability começa com você não usar justificativas para comportamentos eticamente inapropriados. Mas o tema evoluiu e deu origem ao sentido de se responsabilizar por suas próprias atitudes.

Atualmente, Accountability está mais relacionado a capacidade de colocar-se como protagonista da situação. É reconhecer que de alguma forma você interfere no que acontece a sua volta, e assim ser capaz de trazer a sua parte da responsabilidade para si e buscar soluções para os problemas que enfrenta.

O colaborador que possui Accountability é capaz, não só de se tornar autor de suas escolhas, mas também de criar oportunidades perante os obstáculos que enfrenta. É capaz de influenciar o meio e buscar soluções coletivas, que realmente agreguem valor à organização. É mais que engajamento, resiliência ou motivação, é transformação.